sexta-feira, 15 de julho de 2011

Retorno às aulas: fazendo novas amizades, construindo novos conhecimentos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
  •   Participar de momentos de interação e integração;
  •   Identificar as características dos colegas;
  •   Desenvolver a observação;
  •   Expressar-se por meio da expressão facial.
Duração das atividades
4 horas aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Sempre que iniciamos o ano letivo, novas enturmações são feitas pensando no bem estar, aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Por isso é importante levar atividades de integração/socialização com o objetivo de tornar os momentos iniciais de constituição do grupo, prazeros e interessante para todos. Atividades de integração também podem propiciar aprendizagens como: percepção, raciocínio, conhecimento dos novos colegas.
Estratégias e recursos da aula
Primeiro Momento:
Em roda, faça uma a brincadeira da Ginástica Facial. É o seguinte, com o comando do professor, as crianças deverão fazer ginástica com o rosto. Há várias possibilidades: jogar beijinhos; soltar sons de estouro – Pum! Bum! Pá!; encher as bochechas de ar só de um lado, depois do outro lado, encher toda a boca; fazer caretas usando a boca, para os lados, fazer bico, abrir a boca, sorrir de lábios fechados, sorrir de lábios abertos; soprar: fazer ventinhos na palma da mão; fazer barulho de spray: tss, tss, tss, tss, tss; abrir e fechar a boca mostrando os dentes; com os lábios relaxados fazer brrrrrrr (som do carrinho); com a língua no céu da boca, fazer trrrrrrrrrrrr; criar exercícios sonoros com as vogais : aaaaaaaaaaaaaaaa, eeeeeeeeeeeeeee, iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, ooooooooooooooo, uuuuuuuuuuuuuuuu; piscar os dois olhos, piscar o olho direito e depois o esquerdo; franzir a testa. Expressões de sentimentos como alegria, tristeza, dor, raiva, etc.   O professor não precisa fazer todos de uma só vez. Coloquei várias possibilidades que poderão ser contempladas em diferentes momentos.   

Segundo Momento:
Construa um Jogo da memória com expressões – dois pares de cada: alegria, tristeza, raiva, dor, susto, medo, criança jogando beijo, criança fazendo careta, criança franzindo a testa, etc. Lembre-se que o número de cartas deve ser igual ao número de crianças na sala. Leve o jogo para sala e jogue na rodinha. Pode-se organizar as turmas em dois grupos em que um grupo joga e o outro assiste. Depois pode ser feita o contrário, quem assistiu joga e quem jogou assiste. Ao final do jogo, cada criança pega uma carta. Proponha uma brincadeira em que terão de encontrar seus pares. Ao se agruparem de acordo com a expressão tirada, todos se sentam. Cada dupla fará a mímica da expressão da carta e as outras crianças terão que dizer qual a expressão está sendo representada. É muito divertido!   
Terceiro Momento:   
Proponha uma atividade para continuar desenvolvendo o senso de observação e a atenção das crianças. O nome da brincadeira é “Onde mudou?”. Para isso leve para a sala vários acessórios, como brincos grandes, colares, gravatas, chapéus, pulseiras, relógios, etc. Escolha uma criança  e peça-lhe que escolha alguns dos acessórios e use-os. Peças às outras crianças que observem a criança escolhida: como está vestida, o que está usando que não é habitual, etc. A criança que usou os acessórios deverá sair da sala e retirar ou acrescentar outro acessório. Por exemplo, tirar um colar ou uma pulseira. Ao voltar para a sala, as crianças deverão observá-la e descobrir o que foi retirado ou acrescentado. Vá alternando as crianças até que todas participem da brincadeira.   
Quarto Momento:
 Por fim, para que a integração continue ocorrendo, proponha uma brincadeira em que as crianças terão que utilizar o toque, o cuidado e a afetividade entre si. É a chamada brincadeira  “O Urso”. A brincadeira é simples, embora complexas são as motivações, justificativas e objetivos da atividade. Você pode iniciar contando uma história de urso ou pode contar a história após a brincadeira – Sugestão: “Cachinhos Dourados e os Três Ursinhos”. Na brincadeira, dentro do objetivo supracitado, você (professora) é o urso, que vai dormir na caverna e as crianças previamente orientadas (quanto a não machucar o 'urso", não chutar, não bater - a gente não acorda alguém com desrespeito, etc, etc) deverão tentar acordá-la. O urso, grandalhão que é, não acorda de repente, mas cada vez que vira pra cá e pra lá, aumenta o barulho do ronco. Até que depois de uma sucessão de estímulos o urso acorda e tenta capturar aqueles que ousaram despertá-lo da hibernação. Você pode definir com eles que quem é pego vira urso em seguida, ou quem você pega é levado para caverna. Neste caso, você tem a opção de deixá-los lá até o final da brincadeira (para depois eles descreverem a caverna por exemplo) ou poderá deixá-los ser 'salvos" pelos colegas no decorrer da brincadeira.   
Precauções:
1) converse bem com as crianças, pois às vezes alguma tem medo do urso, chora e pode não querer integrar a brincadeira.
 2) eleja bem o espaço de fuga, crianças podem se atropelar, converse sobre isto também!   Esta brincadeira é uma variação de outra homônima citada por João Batista Freire no livro "Educação Física de Corpo Inteiro".  Nessa brincadeira a preocupação das crianças com os cuidados para não machucar o "urso" dormindo começa com a orientação do professor, porém na medida em que brincam, esses cuidados se tornam autônomos entre as crianças.
Recursos Complementares
Visite o link: Cachinhos Dourados e os Três Ursos   onde é possível visualizar a história “Cachinhos Dourados e os Três Ursinhos” e várias possibilidades de trabalho com a mesma. 
Cachinhos Dourados e os Três Ursos
Versão mais conhecida A história fala sobre uma menina, muito curiosa, que num passeio pelo bosque, encontra uma casa vazia. Ao entrar, depara-se com tigelas de mingau servida sobre a mesa. Uma grande, outra média e outra pequena. Achou que o mingau da tigela maior estava muito quente e a média muito fria , então resolveu saborear todo o mingau da tigela menor, que estava uma delícia. Após saborear um delicioso mingau, Cachinhos Dourados foi em direção à sala onde avistou três cadeiras. Uma grande, outra média e outra pequena. Resolveu sentar-se na cadeira maior, mas achou muito desconfortável, então passou a experimentar a cadeira média, mas achou que ainda estava desconfortável e grande demais para ela. Por fim, resolveu sentar-se na cadeira pequena, mas ela quebrou-se. Cansada procurou um lugar para dormir. Encontrou um quarto com três camas. Uma grande, outra média e outra pequena. Resolveu deitar-se primeiro na maior, mas achou muito grande e dura resolveu então passar para a média, mas achou macia demais, então deitou-se na cama menor e dormiu um belo sono.Enquanto ela dormia, os donos da casa, que era uma família de ursos, chegaram e estranharam a casa aberta e foram logo reclamando, que alguém havia mexido no mingau que estava sobre a mesa. Após esse susto, passaram para a sala onde encontraram a cadeira menor quebrada. Muito assustados, foram para o quarto e avistaram uma menina dormindo na cama do ursinho. Quando Cachinhos Dourados despertou, assustou-se com os três ursos e saiu correndo pelo bosque, e aprendeu que nunca mais poderia entrar em uma casa sem ser convidada.   
Curiosidades “Cachinhos dourados e os Três Ursos” é uma história muito popular no mundo inteiro, teve sua origem no folclore europeu. Sua primeira versão publicada, ocorreu em 1837 pelo poeta Robert Southey em seu livro “ Os Doutores”. Nesta, os três ursos têm a casa invadida por uma senhora, e não por Cachinhos Dourados. Desde então, a história ganhou inúmeras versões, sendo as mais conhecidas, as protagonizadas por uma menina de cachinhos dourados.
Veja também o vídeo: Os Ursinhos Gummi Cerca Espantalho ou Babá 0105_parte01,  no link  Ursinhos Gummi Cerca Espantalho 
Outra sugestão é a história “Uma Babá Para os Ursinhos”. No link Uma Babá Para os Ursinhos você pode assistir a uma dramatização dessa história, feita por professoras da Educação Infantil. 
Avaliação
Sempre que avaliamos devemos voltar às questões trabalhadas diante das observações que fazemos. Para tanto, ao avaliar faça as seguintes indagações:
·        Como as crianças estão interagindo entre si?;
·        Como os grupos estão sendo construídos?
 ·        Está havendo respeito das diferenças?
·        As crianças se expressam com facilidade?
Faça novas intervenções sempre que necessário

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